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Como aumentar a competitividade das empresas brasileiras?


Mercado 22 de outubro de 2019 | Por: Portal TS

Usando as novas normas ISO sobre gestão da inovação para alavancar os negócios e obter referência internacional Autor: Alexandre Pierro* Grande parte do sucesso e crescimento constante de empresas multinacionais deve-se ao fato de que elas seguem diretrizes e padrões internacionais de qualidade, gestão e metodologia. Elas já chegam aqui seguindo essas regras, e quando empresas brasileiras querem ir para fora, é esperado que elas também as sigam. Não é a toa que o termo ‘padrão internacional de qualidade’ existe. É uma questão de tornar seu serviço ou produto tão bom que ele atenda a padrões em qualquer lugar, do país mais exigente ao menos exigente. Sendo assim, a competitividade entre empresas encontra nessas regras um ponto crucial. Uma empresa brasileira só tem como competir com uma estrangeira, se ela estiver ao menos no mesmo patamar do que seus concorrentes. Além disso, a inovação está se mostrando como um fator definidor dessa competitividade, já que ela determina como lidar com a volatilidade do mercado de forma mais ágil e criativa. Pensando nisso, foi criada uma nova família de normas ISO, a família chamada ISO 56002 – gestão da inovação. A proposta é justamente inovar, mas dentro das melhores práticas, potencializando a competitividade das empresas. Essas normas padronizam terminologias, ferramentas, métodos e interações entre as partes que estão envolvidas na inovação. Um sistema de gestão de inovação baseado na norma pode ser criado a partir da certificação na ISO 56.002, publicada em julho de 2019 na sede da ISO, em Genebra, na Suíça. No total, são sete novas normas:

  • ISO 56.000: que determina vocabulários e fundamentos;
  • ISO 56.002: a norma certificável, que passa as diretrizes para implementar o sistema de gestão. Essa norma é a chave da família;
  • ISO 56.003: que auxilia a empresa através das ferramentas e métodos de inovação;
  • ISO 56.004: encarregada do assessment;
  • ISO 56.005: que ajuda na gestão da propriedade intelectual gerada com a inovação;
  • ISO 56.006: responsável pelas diretrizes para a gestão da propriedade intelectual;
  • ISO 56.007: que cria uma gestão de ideias.

Por onde começar A proposta é que a empresa se certifique primeiramente na ISO 56.002 e, aos poucos, implemente todas as normas da família, expandindo sua gestão de inovação. E, o mais interessante é que as normas atendem qualquer porte ou segmento empresarial, inclusive se integrando as outras normas de classe mundial (ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001, entre outros). Os benefícios são muitos! A empresa torna-se referência em inovação para o mercado, gerando maior engajamento de todas as partes interessadas quanto ao foco na inovação. Há a criação da cultura de melhoria com base na inovação, sendo possível um gerenciamento de todos os “insights” gerados pelos colaboradores da empresa. Essas normas auxiliam a criação de novos produtos e mercados, auxiliando na criação de produtos com maior valor agregado e ampliando o market share da empresa. Muitas empresas já inovam, mas ter o método para tornar isso constante é crucial para a nova realidade de mercado em que vivemos. Sobretudo no mercado nacional, nunca foi tão importante se igualar ao que há de melhor disponível no mundo. A chave para vencer momentos de crise está justamente em aproveitar o que a criatividade tem de melhor, transformando boas ideias em negócios para o presente e o futuro.

*Alexandre Pierro é fundador da Palas, consultoria em gestão da qualidade e inovação, engenheiro mecânico pelo Instituto Mauá de Tecnologia e bacharel em física nuclear aplicada pela USP. Passou por empresas nacionais e multinacionais, sendo responsável por áreas de improvement, projetos e de gestão. É certificado na metodologia Six Sigma/ Black Belt, especialista e auditor líder em sistemas de gestão de normas ISO. É membro de grupos de estudos da ABNT, incluindo riscos, qualidade, ambiental e inovação. Atualmente, cursa MBA em inovação.  

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